19 de out. de 2011

PRECIPITAÇÕES

Fumaça de vidro
Paisagem de neve
Flores de papel
Forças armadas
Pessoas esfaqueadas
Partos a fórceps
Posseiros da psique
Alforrias imaginárias
Cegos que enxergam o que ninguém vê
Abortos consentidos ressentidos
Olhos marejados
Tanta dor
Tanta falta de num sei o quê
Curvas demais
Placas de menos
Dias cinzentos
Alma cigana
Vadiando
Vagando sem destino certo
Alma vadia
Vaga-lume na planta
Iluminando espaços em branco
Preenchendo o ar de uma beleza quase mórbida
Tanta beleza esconde tanta tristeza
Sem muita explicação
Roupas no varal
Crinças correndo sem direção
Anúncio de uma chuva
Precipitações de água
Queda d'água
Noites em claro tentando te esquecer
No copo: gim
Na mão: o revólver
Tudo tão down
Tudo tão sem som
Sem cor sem vida
Olho pro espelho e descobro que já morri
Esqueci apenas de ir ao meu velório

5 comentários:

  1. Ai que triste!!!
    Me senti nesse finalzinho.

    São verdades na vida de muitas pessoas, mas triste por demais.

    Beijos cheios de saudades.

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  2. Queridos:

    Majoli - Cabe a você mudar o que lhe deixa triste amiga, vc tem as cartas em suas mãos. Bjs e linda semana.

    Luna Sanchez - Era a intenção..rs. Beijoos e linda semana

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  3. ainda bem q só vim ler isto hoje ... se fosse no dia teria me desaguado ... lindo

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