A MARCA DE UMA VOZ

Foi com muita tristeza que recebi a notícia da morte da cantora Whitney Houston. Fiquei sem saber o que dizer, fiquei atônito e boquiaberto. Estou até agora processando a perda de uma das minhas cantoras favoritas. Triste pensar que uma carreira tão bonita foi interrompida de forma abrupta e sem volta. Triste pensar na morte como o ponto final na carreira de uma cantora e atriz que ainda podia ainda redesenhar sua própria história. Li alguns artigos e postagens sobre ela e acho que todos os envolvidos estão de parabéns. Fiquei um pouco chateado de perceber que nem todos os comentários foram elogiosos porque acho que “muitos” que comentaram de forma irônica sobre o falecimento de Whitney não tem a verdadeira noção de quem ela foi e o que representou para a música de modo geral.

Uma cantora de voz única, capaz de alcançar notas altíssimas, de uma imagem forte (ao mesmo tempo que escondia uma fragilidade comovente no olhar). Começou a desenvolver sua vocação natural ainda criança no coral gostel de uma igreja próxima à sua casa. Filha da cantora Cissy Houston, afilhada de Aretha Franklin e prima de Dionne Warwick, Whitney tinha tudo para repetir a trajetória de uma família tão talentosa e não só repetiu como superou.

Descoberta em uma casa noturna por um caça-talentos da Arista Records, logo o grande empresário da Arista (Clive Davis) iria contratá-la e a faria mundialmente conhecida.

Foi uma das cantoras que mais vendeu discos na história da música. Seu álbum de estréia em 85 vendeu a espantosa marca de 25 milhões de cópias e este era apenas o começo. Foram 6 albúns gravados em estúdio e 3 trilhas sonoras. Ela primava pela qualidade técnica e pela emoção incomparável na voz. Muitos a chamavam de “a voz”, e era frequentemente comparada a Elvis, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Billie Holliday.

Whitney embalou muitos corações apaixonados. Sua música era cheia de beleza e força. Acompanhei sua carreira praticamente desde o início dos anos 90. Fui ao cinema assistir aos inesquecíveis “O Guarda Costas”, “Waiting to Exhale” e “Preacher’s wife”e minha admiração por ela só fez crescer. Ontem ao colocar o DVD dela (uma coletânea de seus melhores clipes), foi impossível conter as lágrimas e não pensar na falta que ela vai fazer. Lembrei da minha adolescência no Rio e nas primeiras baladas onde ela e Madonna tocavam incessantemente. Triste pensar que ela não está mais entre nós, mais triste pensar a forma como ela se foi, em uma banheira de hotel, dopada de tranqüilizantes, solitária e infeliz.

Descanse querida Whitney, alegre o céu com sua voz poderosa, porque aqui da Terra estaremos lembrando de você com muito amor e ternura. Você foi e sempre será uma grande estrela para os que admiravam o seu talento e sua obra. Descanse em paz, porque seus fãs não a deixarão ser esquecida.

Beijos a todos. Paz.

Obs: Imagens retiradas do Google Imagens.